domingo, 24 de janeiro de 2010

Como resolver nossas diferenças?

Hoje é muito difícil olhar o mundo pelo lado do otimismo. Os homens estão cada vez mais distantes uns dos outros. As pessoas querem apenas alcançar os seus objetivos e se esquecem de que bem perto delas, existem pessoas que precisam de ajuda e da sua atenção.
É o amor desenfreado pela sua auto-satisfação, pelo desejo de ganhar dinheiro, sem querer saber a forma de como adquiri-lo.
Nossa civilização, infelizmente, tornou-se escrava daquilo que para ela é a sua salvação, mas que está trazendo para a mesma um câncer, uma chaga mortal que se não tiver cuidado não haverá cura para ela.
Existe hoje uma acentuada diferença entre os que têm e aqueles que estão privados de possuir condições para manter suas necessidades e dos seus familiares.
Poderia citar as causas sociais, políticas e culturais, mas irei trata-las de uma maneira apenas voltada para o lado espiritual, já que este é que realmente mexe com toda a estrutura psicológica, moral e ética das pessoas.
A primeira coisa que citarei, será o fato de que não estamos preparados para a abertura do nosso coração para acolhermos as pessoas com suas virtudes e defeitos. Acontece o seguinte, somos educados para sempre estarmos dispostos a sermos os melhores, e muitas vezes não nos educam para alcançarmos aquilo que somos capazes de conseguir.
Aí, sim, começa para muitos a desordem em suas consciências. Muitos esquecem de seus valores morais, éticos e religiosos e procuram de formas vis e desonestas, muitas vezes hediondas, conseguir aquilo que não lhes pertence, tornando-se pessoas capazes de cometerem crimes que prejudicam e por muitas vezes acabam com a vida de muitos.
A segunda é o fato de que a própria sociedade se encarrega de fabricar e condenar aqueles que não conseguiram se ajustar ou que a própria sociedade ajudou a criar.
A terceira esta sim a mais importante, somos também educados a nos fecharmos às pessoas e a procurarmos apenas quem nos agrada manter uma aproximação. Diante disso, deixamos de exercer aquilo que há de mais precioso em nosso ser: a capacidade de nos comunicarmos com nosso semelhante.
Com toda convicção, digo que essa capacidade que temos foi tirada de nós, desde o momento em que começamos a ter os primeiros contatos com o mundo. Sei também que devemos nos precaver de possíveis ataques, dirigidos por pessoas que ainda não amadureceram nas relações sociais.
A essas pessoas devemos mostrar o nosso lado de compreensão e de apoio; nunca devemos deixa-las de lado; devemos, sim, procurar através de nosso exemplo mostrar para elas que só se é feliz cultivando a AMIZADE.
A coisa mais difícil para o homem é exatamente a dificuldade em se abrir para o próximo. Abrir-se não é sair contando seu lado íntimo; mas, sim, ajudar a quem nos procura e também quem está precisando de ajuda.
Num mundo em que se busca apenas o prazer pelo prazer solitário, parece que é loucura o que estou dizendo; pode até ser, mas é o que eu penso e acredito. O homem resolverá seus problemas quando deixar de lado seu egoísmo e se abrir para o seu semelhante; então, faremos da nossa sociedade, uma sociedade voltada para o homem e não para o capital.

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