Certamente, para muitos, o ato de dar o que lhe pertence não é bem aceito. O egoísmo fala mais ao coração do que à vontade de querer ajudar ao seu semelhante. No mundo de hoje, onde quem tem, na maioria das vezes, procura tirar dos outros aquilo que não lhe pertence, faz com que a maioria das pessoas volte-se exclusivamente apenas para si, esquecendo-se de ajudar àqueles que não tem como conseguir o essencial para a sua manutenção diária. Então, teria algum sentido em compartilhar com alguém o que é seu? A resposta deve vir do coração de cada um. Decidir-se a socorrer a alguém que nos pede um pouco do que pertence a nós, é puramente pessoal e requer uma abertura profunda do nosso ser. Muitos dizem que essas pessoas não têm coragem de trabalhar; outros dizem que são pessoas que gostam de viver desse jeito. Mas, a verdade é que a maioria não teve oportunidade ou foi negado o direito de possuírem bens para sua subsistência. Os Santos da Igreja, em sua totalidade, tinham guardado em seu coração, o forte desejo em ajudar a quem precisasse deles. Muitos não foram compreendidos e muitos foram hostilizados por quem não tinha um coração aberto em querer compartilhar com os outros aquilo que lhe pertencia. Vivemos, hoje, um tempo em que servir aos outros traz para muitos a idéia de inferioridade; e, também, de que ficaremos menos favorecidos se dermos a quem nos pede alguma coisa. A nossa sociedade, infelizmente, voltada para o capital, esquece-se que seríamos mais felizes se voltássemos nossos esforços para os menos favorecidos. Vejo nas ruas crianças, mulheres e também homens mendigando um prato de comida ou pessoas em esquinas pedindo dinheiro. Muitos de nós passamos por elas e indiferentes nem olhamos, desprezamos nossos semelhantes, não nos lembramos do dia de amanhã. Mas por que ajudar aos outros? É uma pergunta que merece ser bem meditada e depois de ter entrado em nossos corações, procurarmos olhar nosso semelhante como nós gostaríamos que nos olhassem. Existe nos lábios de que mendiga uma bênção que vai de um simples agradecimento até a cura da nossa saúde. Tenho por mim, não querendo ser um fariseu, o seguinte relato: depois de ter dado um pouco de comida a uma senhora, tive a curiosidade de conversar com ela; e, ela disse-me: “a minha vida é muito difícil, desejo que o senhor nunca passe pelo que estou passando.” Percebi em outros momentos da minha vida, depois que comecei a valorizar mais meu semelhante que quando damos de nós alguma coisa para alguém, estamos dando na verdade ao nosso Deus. Muitos dizem que existem pessoas que pedem e depois usam o que nós damos para fazer coisas que não prestam e por isso não dão. Quando não damos; aí, sim, podemos deixar de dar alguma coisa que um semelhante nosso, está precisando. A maior alegria de Deus é ver a sua criação mais bonita, homem ou mulher, independente do seu estado de vida, ajudando aos outros. Portanto, ao darmos alguma coisa a quem está carente, podendo ser um conselho ou um bem material, mesmo não ganhando nada de material, estaremos ganhando de Deus muitas bênçãos. Isto, sim, é o que ganhamos quando damos esmolas. Amém
domingo, 3 de abril de 2011
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