domingo, 30 de maio de 2010

Tempo Belo: A Infância

“Ah! Tempo bom que não volta mais”. Palavras de um grande poeta. É um sentimento que todos nós guardamos nas nossas lembranças.
Tempo em que o próprio tempo, teimosamente não queria passar. Olhávamos o mundo com tanta pureza, com tanta esperança e tanto amor que pensávamos nunca esse tempo terminar.
Temos ainda em mente as brincadeiras dos nossos queridos pais; todos nos admirando e sorrindo com o nosso gracioso sorriso. Era como se o mundo estivesse aos nossos pés. Nossos primeiros gestos, nossos primeiros passos e nossas primeiras palavras faziam com que nossos pais se sentissem assim como nós; e, quando chorávamos eles ficavam preocupados, procurando saber o que estava acontecendo conosco.
Nosso primeiro contato com o mundo exterior. As pessoas, muitas delas, sorrindo e dizendo: “que criança bonita”; fazia nosso semblante irradiar de alegria. Mas quem mais ficavam contentes eram os nossos queridos pais que não se cansavam de sorrir com aqueles elogios a nós dirigidos.
Com algum tempo começávamos a andar; a dar nossos primeiros passos, querendo ir logo ao encontro dos nossos pais que deixavam a gente um pouco afastado deles e pediam para irmos ao seu encontro. Depois vieram as nossas primeiras palavras que para muitos foram: mamãe ou papai. Tudo que fazíamos era motivo de alegria para nossos queridos pais; e, em troca do carinho que nos davam, retribuíamos com nossa vitalidade em sempre sorrir.
Vieram as primeiras travessuras e com elas os primeiros castigos; castigos esses que nos ajudaram a percebermos que a vida requer para nós a devida responsabilidade. É certo que ficávamos um pouco ressentidos, mas depois voltávamos a sorrir e a amar mais ainda nossos queridos genitores.
Aos poucos fomos sendo orientados de que deveríamos tomar cuidado das más companhias e também a sermos responsáveis pelos nossos atos.
Com o passar dos meses fomos colocados em uma sala de aula, para muitos uma experiência um pouco dolorosa, pois fomos separados dos nossos pais e colocados na companhia de crianças da mesma faixa de idade e também de um adulto que nunca tínhamos visto. Esta experiência fez com que descobríssemos que ninguém vive só, pois todos nós dependemos uns dos outros. Fomos nos integrando e passamos a descobrir nessa fase o espírito aventureiro de querermos sempre aprender e a confiar na pessoa do educador, figura de grande importância para nossas vidas. Muitos dos nossos educadores por terem o dom do conselho nos ajudaram e muitas palavras ditas por eles nos tornaram seus admiradores, pois contribuíram e muito para termos uma conduta de vida admirada na nossa sociedade.
Começamos a desenvolver sentimentos de aproximação e de amizade pelas pessoas; com o passar do tempo pudemos discernir melhor quem deveria ou não ter a nossa confiança.
Tínhamos mais vontade de aprender e de procurar em nossa sociedade aquilo que era interessante para nossa vida.
Tempo de descoberta e inocência; tempo em que a paz entrava em nosso coração com mais freqüência; em que estávamos abertos ao que era novo e não havia em nosso coração nenhum interesse em destruir o que Deus nos deixou com tanto amor e abnegação.
Esta fase é a nossa querida infância. Sei que no nosso mundo existem muitas crianças que não estão vivenciando esta fase maravilhosa por não terem pais ou a sociedade não as ampararem.
Se todos abrissem seus olhos para um sorriso de uma criança e deixassem que esse sorriso se estabelecesse em seu coração, certamente este mundo mudaria.

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